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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Barranco de cegos

"...ora se um cego guiar outro cego, ambos acabarão por cair no barranco."
Simão, o discípulo a quem Jesus gostava de chamar Pedra por ser curto  de entendimento, pediu "explica-nos essa parábola."
"Ora imagina um reino que na sua cegueira se deixa guiar por cegos. Que é que lhe acontecerá?
"Cairá no barranco."
"Até tu, Pedra, o vês. Só os seus naturais, tão cegos, preferem comentar, discutir, argumentar e contra-argumentar -- a abrir os olhos e reconhecer que são conduzidos por cegos, inevitavelmente para o precipício."
"E esses cegos que os guiam, Mestre?"
"Perdoai-lhes, que não sabem o que fazem. Nunca souberam. Tem-lhes valido a cegueira e  a curta memória do povo. "
Simão, A Pedra, considerou e reconsiderou parábola e interpretação. E concluiu: "enfim, quando caírem no barranco, abrirão os olhos."
Tornou o Mestre, desapontado com o discípulo: "Dizes isso porque nunca ouviste falar dos portugueses."

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