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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

C de catástrofe

Enquanto os nossos deputados se divertem em jogos florais, disputando uns minutos de glória nos espaços noticiosos, a esgrimirem argumentos, a fabricarem ironias, a esfalfarem-se em jogos de palavras, tudo oco, descabido, aberrante, o país afunda-se inexoravelmente, a UE caminha num galopezinho muito seguro para o seu fim:
Tivéssemos nós deputados da nação dignos desse nome, governantes à altura da gravidade da situação (mas, reconheço, não os merecemos), e deixar-se-iam uns e outros de folclores e tretas para mercado ver --- estariam todos, neste momento, a trabalhar arduamente num Plano C para Portugal, que nada tem a ver já com direitos adquiridos, cortes, fim de feriados ou aumento do horário de trabalho, mas com a sobrevivência nacional e individual, ambas por um fio.

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