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domingo, 29 de maio de 2011

De olhos postos no céu

Atomizador às costas, apresso-me ligeiro por entre as fiadas de cepas. Mais um tratamento, que o ano corre de feição -- ao míldio e ao oídio e, apesar das curas anteriores, há ataques aqui e ali. Apresso-me, que há previsões de aguaceiros e trovoadas para a região de Alcobaça e eu só posso cuidar da vinha ao fim-de-semana. Quando estou a acabar, um trovão, logo outros, é tempo de abalar, nem lavo o material, não quero ser apanhado pela trovoada num alto, em cima do tractor, além do mais descapotável. E o aguaceiro desaba sobre mim, sobre a vinha, lavando-a -- tempo perdido, esforço inútil, dinheiro desperdiçado. Fica a esperança: talvez não chova no próximo sábado.

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