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quarta-feira, 23 de março de 2011

Romantismos

É no que dá não pagar a luz. Até tenho uma boa justificação: no passado, aderi à factura electrónica e, posteriormente, o endereço de mail fornecido foi cancelado, sem que eu me lembrasse de o substituir. E perdi a password do site da EDP. Ora a EDP, apesar de receber o correio devolvido, continuou a enviá-lo para esse endereço inválido, e ontem, ao chegar à noite a casa, não tinha electricidade. Simpático, da parte de uma empresa que até me exigiu caução, nunca devolvida, a quem pago há quase 40 anos a conta exigida.
Constatação: completa dependência, quase tudo precisa de electricidade para funcionar, dos portões ao esquentador. Decisão: isto vai mudar, que a toca da raposa deve ter sempre duas saídas. Ontem cortaram por falta de pagamento (e não repuseram nem sei quando o farão, apesar de o pagamento ter sido imediatamente efectuado), amanhã pode ser por qualquer outra razão -- apagão, catástrofe natural, falência da empresa... Impossível, dir-me-ão. Mas empresas bem maiores também faliram...
Às escuras, restou-me fazer o jantar possível -- até o fogão é eléctrico! -- e comer na confusão do escritório, à luz do candeeiro da rua e de uma vela ornamental. Couves cozidas sobrantes da véspera, atum de lata, vinho... Nada como treinar sobrevivência nos tempos que correm, preparando aqueles que se avizinham, em que talvez nem haja lata de atum para adubar as couves.

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