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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mata, que é talassa! (ou outra coisa qualquer)

Contava o meu pai, emigrado na Holanda nos anos sessenta, que outro português, lisboeta, enviava todo o salário para a mulher, que, prontamente, o esturrava. E nos dias que faltavam até à chegada da próxima remessa, ensinava os filhos a insultar e a odiar a fotografia do pai -- que longe labutava para que a família tivesse um presente e um futuro melhores.
Lembrei-me desta anedota, verídica, devido a uma pérola hoje recebida via mail, provinda de alguém que não conheço nem me interessa conhecer -- o seu nome vai directo para o filtro anti-spam. Veja-se que  começa por propor "luto pelos assassinos que governam o nosso país"!
DIA 22 E 23 DE MAIO LUTO PELA MORTE DA DEMOCRACIA, DA JUSTIÇA, DA IGUALDADE, DA HONESTIDADE…
PELOS ASSASSINOS QUE GOVERNAM O NOSSO PAÍS…
Eu fiz parte integrante do 25 de Abril de 1974.
Na minha unidade militar prendemos todos os oficiais.
Estou pronto para outro golpe de Estado (para meter esses políticos na cadeia
)
Enquanto vivemos acima das nossas possibilidades, gastando o que não tínhamos nem temos, protestávamos porque se não gastava o suficiente; agora que nos ameaça o espectro da pobreza, de que nos julgávamos exorcizados para sempre, tudo se resolve prendendo uns tantos... A estes justiceiros, recomendo o estudo da História e, nomeadamente, das revoluções. Recordo que propostas deste calibre ainda recentemente foram implementadas entre nós, na 1ª República, que me querem obrigar a comemorar. E veja-se no que deram -- cinquenta anos de salazarismo. Para que estes "revolucionários " não percam a chama nem a esperança, aqui fica esta canção, que certamente apreciarão muitíssimo.
Ah ça ira ça ira ça ira
Les aristocrates à la lanterne
Ah ça ira
Les aristocrates on les pendra
(Ah, isto vai, isto vai, os aristocratas para os candeeiros, ah, isto vai, isto vai, os aristocratas, enforcá-los-emos)



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