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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Inverno do nosso descontentamento

Não se trata de Shakespeare, nem do romance de Steinbeck --- é a triste realidade em que o nosso país vive. Como uma desgraça nunca vem só, diz o povo no seu optimismo secular, à crise financeira, ao desemprego crescente, ao endividamento, aos escândalos políticos, somam-se este Inverno ataques da natureza raramente vistos na nossa terra: Oeste, Madeira, tornados...
Agrada-me a chuva que inunda campos sequiosos,  alegro-me vendo cheios os poços vazios no Outono. Mas estamos no fim de Fevereiro, e o Sol, "cá dele", como se diz na minha aldeia? E sem Sol nada se cria, nem sequer nabiças e nabos, que tanto apreciam a chuva, sem Sol que enxugue os campos impossível cultivá-los, e muito em breve será demasiado tarde para as minhas sementeiras de sequeiro...
Precisamos urgentemente de Sol que torne glorioso este Inverno inusitado -- diferente daquele que ficou em Alcácer Quibir.
(Now is the winter of our discontent
Made glorious summer by this sun of York;


Shakespeare, Ricardo III )

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