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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nunca mais Primavera

Badaladas do sino
Ecoam pela aldeia deserta
Porta-voz do destino
Recordam aos velhos a morte certa

Quando será nunca mais Primavera
Pelo menos um dia radioso
Que enfeite a atmosfera
Neste tempo tão chuvoso?


Ah, rapazes do meu tempo
Ah, mocidade da minha geração
Uma fogueira no peito
Uma laranja em cada mão
Esqueçamos o tempo já passado
Vamos apanhar gelo
Vamos colorir o coração

(Nasçam malmequeres
Cresça a couve
que se sache e se monde
que se colha e se coma)

Lá, onde corre a fresca regueira
onde cresce o agrião
Enchamos o cinzento de laranjas
uma no céu, uma em cada mão

O sino dobra novamente a finados...

(Entre Cós e Alpedriz)

3 comentários:

Francisco Castelo Branco disse...

é a partir de hoje

JCC disse...

Sim, mas até o calendário parece mudado. Estive a ver as previsões meteorológicas para esta semana e não são nada primaveris. E há outra Primavera que não volta nunca mais...
Muito obrigado pela visita e pelo comentário.

Anónimo disse...

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