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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Myra, Maria Velho da Costa


A odisseia de uma jovem russa em Portugal, também ela de mil ardis, contada com uma técnica narrativa primorosa, a combinação harmoniosa do real com o fantástico, a sintaxe elegantemente agramatical, a função poética da linguagem, as personagens – o cão de luta, o motorista, a pintora e os seus empregados domésticos, o frade, para quem a castidade é pecaminosa, e a freira escandalizada com tal heresia, o cego e a sua cadela, o rapaz pardo por quem Myra se apaixona, a gata, os delinquentes que encarnam o mal, a proxeneta e as crianças prostituídas...
O melhor romance que li nos últimos tempos. Um assombro.

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